Ter ou Ser? A Busca do Homem

"Mas os querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos loucos e nocivos e na desgraça. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e por causa dessa cobiça alguns se desviaram da fé e se torturam com muitas dores."

O que vemos hoje, isto é, não somente hoje talvez no advento do capitalismo, é a busca sem medidas, sem valores, sem princípios. Não vejo o dinheiro como uma maldição, mas sim a atitude errada em relação à busca do mesmo, como muitos dizem trabalho duro, lutando, economizando pouco a pouco. E até aqui ainda não há nada de errado como diz o Eclesiastes: "Compreendi que comer, beber e desfrutar do seu trabalho é um presente de Deus."

Mas, quando a busca por status, bens e conquistas de sempre querer mais alguma coisa que talvez jamais iremos usar, leva-nos a deixar de desfrutar deste presente de Deus e passamos nossas vidas em um eterno endividamento com prestações pelo resto de nossas vidas, sem contar o tempo e energia gasto, pois aqueles que optaram em viver assim caem na cilada como armadilha de que priva o animal de viver em liberdade.

Assim é o homem, preso em uma busca de ter, achando que busca ser. Entregando-se aos desejos nocivos e loucos, perdendo seu senso de justiça, trocando os valores morais e entregando-se a sua própria condenação, pois o próximo passo é vivermos como certo insensato como disse Jesus, acumular riquezas e mais riquezas, contudo nossa vida pode ser solicitada em uma noite qualquer e tudo será apenas ilusão, um vento passageiro.

Portanto, não há nada melhor do que comer, beber e desfrutar do seu trabalho, mas sem esquecer o nosso Criador não somente na mocidade, mas no decorrer de nossa miserável vida, para que um dia não venhamos olhar para trás e venhamos a dizer não vejo contentamento em tudo que consegui, não me sinto como um ser humano, mas como alguém que somente tem.

Você Irá Sofrer | John Piper - legendado em português

A todos amados irmãos e servos de Cristo Jesus.

Assistam este vídeo e propagem para o maior numero de pessoas.

SEJA VOCÊ MESMO

Por Fábio Araújo

Estava refletindo sobre conversão e vida secular vou colocar assim, porque após um pergunta ao Ed René Kivitz, fiquei convencido que não existe este termo para Deus, porque nas palavras Paulinas, nele vivemos, nos movemos e existimos, todas as coisas estão sujeitas a Deus e o inverso não é verdadeiro.

Mas o que me chama mais a atenção é como as coisas mudam e pensando na passagem Bíblica da conversa entre Jesus e Nicodemos (João 3), Jesus responde a uma inquietação de seu interlocutor e diz: "Ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito". E é aqui quero chegar, pois Homem tem Espírito, Alma e Corpo, e quando Jesus disse que temos que nascer da água e do Espírito sendo esse o Batismo, a essência de nossa alma e corpo, permanece os mesmo.

Então fica mais claro o texto Bíblico de 2 Coríntios que diz: que mesmo que nosso homem exterior se corrompa o interior se renova dia a dia, o que não consigo entender é como deixamos de ser o que somos e acabamos nos tornando em pessoas bem diferentes, ao ponto de pessoas que relacionamos constantemente nos diz: estar muitos diferentes e quando digo isso não em nada parecida com Cristo. E para alguns casos e coloco aqueles que por alguma maneira alcançaram um nível maior de amadurecimento espiritual, acaba percebendo que realmente esta longe de ser parecido com Cristo, ou seja, Cristão, e nos tornamos cada vez mais crentes ou leia-se fariseu.

Aos poucos acabamos dando fim aos nossos vocabulários de gírias e isso é bom, mas substituímos por vocabulários crentes, findando ser a mesma coisa. Assim sendo, pessoas que não são convertidas acabam afastando por achar que somos espirituais de mais e também acontece com pessoas até mesmo que confessam a mesma fé em Cristo.

Quando Jesus disse que temos que nascer de novo, nos atitudes são outras mais continuamos sendo a mesma pessoa e é desta forma que Deus quer relacionar conosco, quando nos achegamos a Deus com nossos rituais religiosos que você pode chamar oração, imagino Deus falando filho já vem você novamente falando assim, eu sei quem você, como esta o seu coração e como está sua condição (pecaminosa).

Isto deixa claro que não depende de nosso estado para que Deus possa agir através de nossas vidas, pois ao contrario de que muitos pesam o Reino de Deus não é na vertical e sim na horizontal, para mostrar que o poder que tudo excede provém de Deus e não de nós. O que nos resta é entregamos a graça que está em Jesus Cristo.

Mas para isso precisamos seguir o conselho de Paulo: "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". E quando nossa mente é renovada que podemos entender o que é nascer da água e do Espírito, e continuarmos sendo nós, mesmo e assim, experimentarmos a boa, agradável e prefeita vontade de Deus.

Que esta reflexão possa levar-nos a entender que a dona de casa que está servindo a sua família, talvez esteja servindo mais a Deus do que aqueles que por fazerem parte de ministérios na igreja. Pois o segundo mandamento não é fazer parte de ministério mais sim "amar o próximo como a ti mesmo".

O Diabo conseguiu!

Numa das cartas do Diabo a seu aprendiz, escrita em 1942, o tentador diz o seguinte: “O que queremos mesmo, e desejamos muito, é fazer com que as pessoas tratem o cristianismo como um meio; de preferência, é claro, como um meio para o seu próprio benefício”.1

Não foi preciso esperar a chegada do terceiro milênio para descobrir que o Diabo conseguiu realizar o seu intento com o maior sucesso possível. Essa é a arma da maior parte das igrejas neopentecostais. Elas não cobram o preço do discipulado; sequer mencionam tal coisa. Porém, oferecem as vantagens da fé: pensamentos positivos, destemor, sucesso empresarial, prosperidade, bens de consumo, longevidade e seus congêneres. Curiosamente, a estratégia satânica está enchendo o mundo com novos templos cristãos, e enchendo os templos cristãos com novos fiéis. O fenômeno é tal, que vários pesquisadores estão se dedicando ao assunto e escrevendo sobre ele.

No início de agosto, o caderno “Mais!”, da “Folha de São Paulo”, publicou a análise de José Arthur Giannotti, professor emérito da Universidade de São Paulo e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento: “O novo crente não mantém com a igreja e seus pares uma relação amorosa, não faz do amor o peso da sua existência. Sua adesão não implica conversão, total transformação do sentido de seu ser. Apenas assina um contrato integral que lhe traz paz de espírito e confiança no futuro. Em vez da conversão, mera negociação. Essa religião não parece se coadunar, então, com as necessidades de uma massa trabalhadora, cujos empregos são aleatórios e precários?”.

Menos de quinze dias depois de Giannotti, foi a vez do escritor Carlos Heitor Cony: “Grande número de igrejas se apoia na atividade carismática, fazendo ou prometendo milagres instantâneos ou a curto prazo, bastando a fé em Jesus Cristo e o pagamento do dízimo” (“FSP”, 21/08/09, E16).

As demais igrejas evangélicas querem se proteger dessa generalização e, às vezes, encontram pessoas de fora que fazem isto por elas. É o caso do ombudsman Carlos Eduardo Lins da Silva, que critica as reportagens publicadas na “Folha de São Paulo”, que “deixaram de abordar aspectos fundamentais, como quais são os traços que distinguem a IURD de outras denominações evangélicas. Isso teria ajudado a evitar a percepção de alguns leitores de que a edição permitiu confundir a IURD com as demais” (“FSP”, 23/08/09, A8).

Quando publicou as “Cartas do Diabo a seu Aprendiz”, há 67 anos, C. S. Lewis talvez não imaginou que acertaria em cheio. O Diabo conseguiu fazer as pessoas procurarem o cristianismo não em busca da justificação (aquela bênção primária que significa o perdão de Deus), mas em busca de algum proveito secular. Hoje, somos obrigados a ouvir certas pilhérias irreverentes e incômodas. Por exemplo, um guia mirim de Natal, no Rio Grande do Norte, ao apresentar a imensa catedral da Igreja Universal do Reino de Deus, disse ao turista: “Esta é a Casa da Moeda daqui...” (“O Globo”, 22/08/09, 24). A “Folha de São Paulo” (13/08/09) publicou no “Painel do leitor” a carta de Victor Medeiros do Paço: “Os fiéis que contribuem com o dízimo vão para o paraíso celeste, já os dízimos vão para os paraísos fiscais”. O próprio Carlos Heitor Cony também faz uma piada: “Maomé terminou rico, tão rico como o Sr. Edir Macedo, só que não vendia espaço na televisão, mas camelos”.

Contudo, assim como a sociedade brasileira precisa separar o trigo (as igrejas seriamente comprometidas com o evangelho) do joio (as igrejas comprometidas com o mercado da fé), os evangélicos e o povo em geral precisam separar a bem fundada e desinteressada crítica ao movimento neopentecostal da crítica motivada por interesses simplesmente empresariais. Por exemplo, o seriado que a Globo está gravando em Salvador conta a história de alguém que depois de se converter ao evangelho decide fundar a Igreja Evangélica do Tremor Divino e passa a desviar parte dos dízimos em benefício próprio (“FSP”, 19/08/09, E8).

Fonte: Revista Ultimato - Ed. 321.